quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Respeitem a nossa Constituição

Liberdade Versus Democracia


Em um editorial publicado hoje na excelente revista Human Events, o economista, professor e colunista Walter E. Williams destacou uma importante distinção entre a liberdade e a democracia. Democracia, segundo Williams, é uma perigosa forma de governo que os autores da Constituição dos EUA detestavam. Liberdade não é protegida por "democracia", mas por 'republicano' uma forma de governo em que a Constituição protege os direitos do indivíduo contra a vontade da maioria.

James Madison, no Federalist Paper No. 10, disse que em uma democracia pura ", não há nada para verificar a indução de sacrificar a parte mais fraca, ou a pessoa detestável." Em 1787 Convenção Constitucional, Virgínia Gov. Edmund Randolph disse: "... que na detecção desses males à sua origem todos os homens tinham encontrado na turbulência e loucuras da democracia". John Adams disse: "Lembre-se, a democracia nunca dura muito tempo. Logo resíduos, escapamentos, e os assassinatos em si. Nunca houve uma democracia que ainda não tenha cometido suicídio." Alexander Hamilton disse: "Estamos construíndo uma forma republicana de governo. A verdadeira Liberdade não se encontra nos extremos da democracia, mas nos governos moderados. Se inclinar demasiado para a democracia, não tardaremos a atirar em uma monarquia, ou alguma outra forma de ditadura. "

Williams vai mais longe ao afirmar que em nenhum dos documentos fundadores dos Estados Unidos da América a palavra "democracia" é encontrada. Ao contrário, a Constituição dos EUA declara, "para cada Estado desta União a forma republicana de Governo". Ler o artigo completo assinado pelo analista político Anthony Martin, articulista do Examiner.





30% Cidadãos


As citações do articulista Sr. Anthony Martin no que se refere às definições e conceitos expressos pelos Pais Fundadores dos Estados Unidos da América, em nada se parecem com a Fundação da República do Brasil. Não encontramos na História cartas trocadas com filósofos de além mar, como o ocorrido naquela nação. Na intensa e constante troca de cartas entre os Pais Fundadores eles aprofundavam as bases da República a ser eregida. 

Não satisfeitos, muitas outras cartas cruzavam os Oceanos . Encontram-se cartas trocadas com um filósofo de Portugal, para causar maior espanto no que relatamos  tão a grosso modo.

É aparentemente recente a repetição da palavra democracia entre nós brasileiros, enquanto a palavra Liberdade, constante no Hino Nacional brasileiro cai em total desuso, conquanto que, também seja   aparentemente repetido à exaustão. Não foi difícil para a Esquerda fazer este trabalho de substituição da palavra liberdade por democracia e, ainda mais que democracia foi malignamente desconstruída e dentro dela injetada a ideia de que englobava o sentido de República e Liberdade.

O ponto seria querer saber o quanto nossa 1ª Constituição, a de Ruy Barbosa (1891) foi pensada antes de sua elaboração. Não havia tempo para pensá-la, mas foi sem dúvida a nossa melhor Carta Magna, apesar  das imensas barreiras encontradas por Ruy Barbosa. 


"A constituição de 1891 foi fortemente inspirada na constituição dos Estados Unidos da América, fortemente descentralizadora dos poderes, dando grande autonomia aos municípios e às antigas províncias, que passaram a ser denominadas "estados", cujos dirigentes passaram a ser denominados "presidentes de estado". Foi inspirada no modelo federalista estadunidense, permitindo que se organizassem de acordo com seus peculiares interesses, desde que não contradissessem a Constituição. Exemplo: a constituição do estado do Rio Grande do Sul permitia a reeleição do presidente do estado."


Já tivemos uma verdadeira Constituição, mas as pessoas insistem em acreditar que hoje temos alguma. Seja por ignorância ou por ignorância seja, o fato é que isto demonstra o quanto o povo brasileiro, talvez, ainda não esteja pronto para ter, proteger e valorizar sua Carta Magna, sua certidão de Nascimento Cívico, seu Contrato Social. Chega a tal ponto a exibição de ignorância que há que dê vivas à "nossa CF".


Não existe Constituição no Brasil. O que existe é uma maquilagem de República Democrática transvestida em umas poucas leis em vigência. Isto porque o povo, tão-pouco tem ideia de como a atual Carta de 1988, a famosa propaganda ideológica Cidadã, foi "inventada" e com quais objetivos, mesmo que todos os objetivos tenham sido bem encaminhados e realizados, o povo não se mostra capaz de compreender.


Por favor, não peçam nem exijam que "respeitem a nossa Constituição"; Deus perdoa, é fato, mas o ridículo, jamais será perdoado, muito menos a demonstração da inconsequência.


Os poucos brasileiros que têm alguma noção da verdade sobre o que se costuma chamar de Constituição do Brasil, têm o dever, a obrigação, a responsabilidade moral de advertir nosso povo para isto. Aos políticos não interessa falar sobre o assunto, pois eles teriam que trabalhar arduamente para nos oferecer uma Constituição 100% verdadeira, 100% regulamentada, ainda que paquidérmica.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Leitura nossa de cada dia


Deixamos para 'especialistas' e especialistas e acadêmicos da área de estatísticas que, desejamos, depois desta nossa tentativa, eles apareçam e nos apresentem exatidões. Os jornais que podem contar com equipes especializadas, estranhamente, não se lembraram de elaborar um trabalho neste campo. Aqui vamos nós do DominioFeminino sempre abrindo caminhos.

Tudo começou ao percebermos com muita agonia que a população do Twitter mesmo com toda facilidade para esticar o ponteiro do mouse e clicar em link que leva para blog e jornais, não o fazem. E quando acontece fazer, a leitura além de ser enviesada, poucos se dispõem a postar comentário.

O entusiasmo é mais devotado aos foros dos grandes jornais e blogueiros/colunistas/jornalistas ( ou é o contrário ? ) de reconhecimento na chamada grande midia que chancela prestígio ao comentarista. Mas tudo isso está longe de se dizer que o povo brasileiro é interessado em receber informação. Até porque, não adianta ler grandes esclarecimentos e iluminação, se o leitor não tem conhecimento mais profundo ou capacidade cognitiva para absorver as informações, processar e desdobrá-las.

O que despertou nossa curiosidade para ( sem critério algum a não ser o de que são os veículos  com maior número de followers ) juntar números e uns poucos dados, foi verificar os números dos followers dos veículos de comunicação. Fizemos um apanhado randômico, com jornais, duas revistas brasileiras e um canal de TV. Excluímos cadernos, editorias e, os próprios colunistas por entender que aqueles números já estavam, de certa maneira, embutidos na @ do veículo. Exemplo: Jornal Oglobo tem o Caderno Ela e outras Editorias. Ficamos apenas com o Caderno Ela. Assim é com os veículos no Brasil e no resto do mundo.

Dificuldade maior foi localizar dados sobre a população (única) de brasileiros no Twitter. A mais recente encontrada é relativa ao ano de 2010 o que não parece, mas torna tudo muito mais inexato. A falácia de que os brasileiros já seria maioria no Twitter não se sustenta. Basta ver aqui. Apesar do salto que não foi pequeno estamos muito longe dos americanos, principalmente em qualidade. A população americana no Twitter é formada por profissionais, CEOs grandes, médias e pequenas empresas, sem contar com a vantagem da faixa etária muito além da nosssa. Ou seja, estamos falando de qualidade.

Segundo os relatórios constantes dos links acima, o Brasil evoluiu em sua população no Twitter que representaram 8,8% de utilizadores únicos atingindo um aumento de mais de quatro vezes mais do que os  2% em junho/2010 com base em estudos de 2009. E trabalhando com a mesma base, o cruzamento demonstra que a população americana no Twitter caiu acentuadamente de 50,8%, para 62,1% em junho/2010 enquanto no resto do mundo o crescimento compensava a queda (  para onde foram os 11,3 % dos americanos ? ).

Pois muito bem, recolhemos os números a seguir:

@JornaldoBrasil  16578
@JornalOGlobo 175117
@folha_com 63430
@estadao 78497
@veja total 594651
@exame_mundo 1363
@exame_noticias 8.868
@canalgnt 50 001
TOTAL: 938.140 = 0,56% de usuários do Twitter


@reuters 393 097
@NYTimesUpdate 3.057
@TIME 2323940
@cnn 1582760
@NASDAQ 143525
@foxnews 445429
@HuffPostWorld 5.040
TOTAL:4.520.600 = 0,03% dos usuários do Twitter

@Heritage 100366 followers por exemplo, é uma Instituição de imenso prestígio e outras como a @CatoInstitute 76.599 e a fechadíssima ( porque muito cara ) e só por este motivo tem apenas 5. 135 Federalist Society @FedSoc estão entre as mais lidas no Twitter. @ProSyn (Project Syndicate) de Esquerda (liberais - fundação patrocinada por George Soros ) com 4,551 seguidores e muito material para ler.

Isto é só um apanhado superficial levantado em algumas horas, mas dá ideia de quanto  os conservadores americanos são bem informados. Nada do que levantamos aqui inclui umas centenas de jornais virtuais em todos os Distritos, Condados e Estados. Não levantamos outra miríade de jornais totalmente independentes e incalculável número de blogs.

Também não incluimos os influentes Jornal Examiner 9.191 - @examinercom - nem o @WorldNetDaily 2.223, mas é importante que sejam citados. Da mesma forma que não citamos Informativos Jurídicos ( é o que mais tem no Brasil ) e nossos e pequenos jornais locais  porque o objetivo já  se completa com os acima citados.

Podem criar um jornal em cada esquina de cada rua do Brasil que o povo não vai ler. E quando lê demonstra uma dificuldade imensa de processar as informações recebidas. Não desdobra o pensamento porque faltou leitura durante toda a infância e juventude. Em geral, leituras só técnicas e por obrigação de apresentação de trabalhos acadêmicos, cujos livros são reprografados por páginas, conforme a necessidade da leitura.

Ora, se nem de graça na internet há procura, imagine se a imprensa não fosse subsidiada por anúncios governamentais e papel. Imprensa livre, só quando os brasileiros tomarem gosto pela informação e passarem a comprar os jornais impressos. Acima os totais de seguidores de veículos de informação constatam as diferenças entre dois povos e assinala  o pouco interesse do brasileiro pela informação que aperfeiçoaria sua capacidade crítica e, consequentemente o discernimento político.

Agradecimentos:
Colaboraram nas pesquisas : @so_vanleeuwen e @gabizago