domingo, 30 de outubro de 2011

Vassouras de Festa de São João




Orlando, ocupe Wall Street!
Autor(es): Guilherme Fiuza
O Globo - 29/10/2011

Orlando Silva é inocente. Ou, pelo menos, quase inocente. Estava apenas cumprindo o script preparado por seus caciques - aqueles que apareceram de cocar em Manaus, inaugurando uma ponte de R$1 bilhão. Pode-se imaginar a perplexidade do ex-ministro dos Esportes, em suas conversas privadas com Dilma e Lula sobre a crise no seu ministério: "Ué, não pode mais pegar do Estado pra engordar o partido? Ninguém me avisou nada."

Provavelmente Orlando Silva não usou essas palavras. No dialeto da tribo, as coisas têm nomes mais sonoros: cidadania, capacitação, implementação, inclusão, vontade política, espírito republicano, contrapartida social. Os quase R$50 milhões desviados de convênios com o Ministério dos Esportes - para ficar só no que a Controladoria Geral da União enxergou - também não devem ter entrado nas conversas do ex-ministro com os caciques. Todos ali sabem que a vontade política dos companheiros é grande, e a carne é fraca.

O fato é que Orlando Silva tinha razão. Estava seguindo à risca o programa de governo de Dilma Rousseff, isto é, colonizando o Estado brasileiro em benefício político e pessoal dos companheiros. Por que seus chefes iriam questioná-lo agora?

Como se sabe, a tecnologia do mensalão foi testada e aprovada no primeiro mandato de Lula. O duto entre os cofres públicos e a tesouraria do PT funcionou bem e saiu barato: o presidente foi reeleito, Delúbio voltou ao partido com festa, João Paulo Cunha assumiu a principal comissão da Câmara dos Deputados. Abre-alas de Marcos Valério na magia dos contratos publicitários com o governo, Luiz Gushiken continua mandando e desmandando à sombra, e nem julgado será. Seu nome sumiu do processo do mensalão - aquele que, em sono profundo no Supremo Tribunal Federal, proporcionou aos mensaleiros a preservação da espécie.

O PCdoB não fez nada de mais. Apenas reproduziu no Ministério dos Esportes a tecnologia consagrada pela Justiça, pelo Congresso e pelo povo na cúpula do governo popular. Orlando Silva teria todo o direito de perguntar aos caciques: a implementação do processo de inclusão dos companheiros vai acabar logo na minha vez, cara-pálida?

Mas não foi preciso. Diante dos milhões de reais vazando a céu aberto no festival de convênios, capacitações e farta distribuição de cidadania, Dilma Rousseff tomou uma decisão de estadista: chamou Lula. E este, do alto de seu espírito republicano, não hesitou: mandou Orlando Silva e o PCdoB resistirem. Tratava-se evidentemente de denuncismo da mídia, fenômeno que o ex-presidente diagnostica muito bem.

Foi Gilberto Carvalho, secretário geral da Presidência (e da ex-Presidência), quem explicou por que Dilma decidira apoiar o ministro dos Esportes: "O governo não quis entrar no clima de histeria."

De fato, o clima de histeria é o grande inimigo do governo popular. E, para piorar, o Supremo Tribunal Federal, histérico, decidiu investigar Orlando Silva. O que essa gente aflita tem contra os convênios, as ONGs e a cidadania esportiva?

É preciso acabar com esse clima de histeria, antes que ele acabe com o governo. Os ministros dos Transportes, da Agricultura, da Casa Civil e do Turismo foram vítimas da mesma onda histérica. Todos foram publicamente apoiados por Dilma antes de cair, e elogiados por ela após a descida da guilhotina. Também tinha sido assim com Erenice Guerra, que privatizara o Gabinete Civil com seus entes queridos e caiu de pé, efusivamente abraçada por Dilma em sua posse na Presidência. Em todos os casos, a mensagem foi clara: os métodos da turma estavam OK, o problema foi a tal da histeria.

Ao mandar Orlando Silva resistir, Lula estava exigindo o cumprimento de sua ordem unida após a degola dos outros ministros: "O político tem que ter casco duro."

Faz sentido. Os superfaturamentos no Dnit, os convênios piratas no Turismo, o tráfico de influência na Agricultura, a consultoria milionária de Palocci, os desvios na Bolsa Pesca, o ralo não governamental nos Esportes e outras peripécias da aliança progressista de esquerda que manda no Brasil são irrelevantes. Ou melhor: são a alma do negócio, mas isso é assunto deles. O importante é neutralizar as manchetes e manter o cabide. Com casco duro.

A imprensa burguesa atrapalha um pouco, criando o clima de histeria, mas isso não vai longe. No escândalo dos Esportes, como sempre, a opinião pública vai consumir o caso do comunista degenerado e virar a página. Nem se dará conta de que Orlando Silva é a enésima confirmação de um projeto parasitário instalado no Estado brasileiro - essa mãe gentil dos companheiros de casco duro e cara idem.

Aliás, a farra das ONGs de Orlando teria continuado intacta se dependesse do bravo Movimento Brasil contra a Corrupção. Não se viu uma só vassourinha nas ruas. Deviam estar ocupando Wall Street.

GUILHERME FIUZA é jornalista.


Fonte da Ilustração ampliada

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Chapeu, esse fashion esquecido

Chapéu:
poder político e moral religiosa


Chapeu, esse fashion esquecido mostra como a elegância tem retirado do mercado da moda um segmento tão importante como os chapeleiros, num país de tantos talentos e tradição na moda de chapéus. Um país que necessita de criação de mercados para gerar empregos se dá ao luxo de banir segmentos produtivos. O que não é para estranhar se pensarmos no segmento de beleza que são os produtos para cabelos e salões de cabeleireiros, além dos próprios profissionais envolvidos, é a ausência de acessórios como boinas, chapéus e uns bonezinhos turbinados. São Paulo e toda Região do Sul poderia tirar mais proveito da elegância e charme conferidos por estes acessórios. Aprenda a usá-lo, ou peça perdão à elegância, de joelhos.



Maria da Penha Vieira e
Suzana Bertioga
Janeiro, 16/2006

Parece mesmo não haver origem garantida para a palavra chapéu: chapeau, anteriormente chapel, em francês. Uns afirmam que viria do latim popular cappellus, diminutivo de cappa. Mas uma capa, necessariamente, não cobre a cabeça. O cappellus precisaria de um caput ( cabeça ), ou do afrancesado chapuis. Usando-se a palavra chapeau, que significa a parte superior e arredondada do champignon, chegamos mais próximo. Como chapel poderia ser uma corruptela para a palavra chapelle, capela ( capellus outra vez ), onde o uso de cobrir a cabeça é antigo, entre os religiosos, temos aí outra possibilidade. Mas a querer embrenhar-se pela etimologia da palavra, vamos acabar com uma karebaria, ou dor de cabeça em grego.

Se não se consegue chegar à origem da palavra do nosso chapéu, fica quase impossível precisar quando foi que o primeiro humano fez uso de pele de animal e com ela cobriu a cabeça como proteção contra as intempéries. Com isto não se pode dizer que neste momento teria surgido o chapéu na forma e concepção que hoje se tem. Apenas imagina-se que com tal ato descobriu-se as vantagens de se cobrir a cabeça, mas, o costume vem acompanhado o homem em toda sua evolução.

O que ressalta a possibilidade de que a necessidade do chapéu tenha sido uma invenção masculina está no fato de que nas lutas pela caça, nas guerras por tomadas de domínios, os homens tenham sentido a necessidade de cobrirem as cabeças contra agressões mortais. As primeiras armas, as pedras, com certeza, deveriam ser motivos de baixas entre os contendores e esse raciocínio leva a idéia de que os capacetes, os elmos foram os primeiros chapéus utilitários militares para os homens.

O primeiro registro da existência do que se entendeu como um chapéu foi descoberta em Tebas, mais tarde, outra em Pileus que tinha o formato de uma capa de pele com capuz, identificada pelos estudiosos, como “capa da liberdade” que era dada aos escravos, na Grécia e Roma, quando estes se tornavam homens livres. Todos, portanto, seriam chapéus masculinos.

Da Grécia Antiga, passando pelos Bizantinos e eclesiásticos, a moda dos chapéus mescla culturas, usos e costumes que chegam aos nossos dias sem que, ordinariamente, se tenha muita noção do tanto de informações históricas que nos comunicam fatos relevantes da Humanidade.

Alguns tipos de coberturas usadas na cabeça acabaram por se transformar em símbolos do status da autoridade ou da hieraquia militar no uniforme e enquanto o tempo passava, transformaram-se em um formulário de arte social bem como um acessório diário da vestimenta, mantendo sua função de protetor da saúde.

Tanto nas culturas ocidentais como nas orientais e asiáticas, a religião exigia o recato, e o Poder do rei, para o reconhecimento da importância do estrato social dos seus súditos, embora estes, quando diante do rei eram obrigados a despojarem-se de seus chapéus como sinal de subserviência. Nunca se usava chapéu na presença do rei ou da rainha e, somente eles cobriam a cabeça com sua coroa ou ornamentos reais, não permitidos aos súditos.

Até nos dias atuais muitas culturas exaltam e exigem que seus adeptos permaneçam dentro dos costumes mantendo as tradições, como é o caso do chador ou da burka de exclusivo uso feminino na religião muçulmana.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Advogadas dos Diabos




Nós do DominioFeminino não somos suscetíveis a arroubos de ufanismos e, deve ser estranho ver que isso venha de mulheres tão banhadas de hormônios conforme a bondade de Deus através da Natureza feminina. Deu-nos a Natureza Divina melhores aplicações para o uso dos nossos hormônios e em horas apropriadas, mas não por nosso controle.

Isto posto, seria razoável observar que, a Razão não é atributo do sexo masculino. Em política não se faz nada bem feito sem seguir um mínimo do uso da Razão e deixar de lado a emoção bem utilizadas e banalizadas pelas Esquerdas solidárias.

O espírito crítico constrói muito mais do que os aplausos fáceis e bajuladores. Criticar o inimigo é dar-lhe tempo para refazer suas estratégias. Ao criticar os iguais, os próximos, aqueles a quem amamos ou admiramos ou deles necessitamos urdimos formas de aperfeiçoar o pensamento, a ação, a atitude e, muito mais importante, estimulamos a capacidade de todos, para se aterem mais próximos ao que é verdadeiro do plano da Razão.

Nada constrói mais do que o espírito de porco do advogado do diabo. A ele cabe a pior missão que é está sempre levantando planos A, B, C, D, ou o que seja necessário para a sustentação do que é proposto e defendido por outros. Levantar o que ainda não foi visto ou reconhecido. Provocar, cutucar, instigar, irritar são maneiras que se tem de fazer com que se possa ir além do que não foi pensado e não seja pego em calças curtas. 

E para quem não sabe, dentro de empresas organizadas, estas pessoas valem ouro e são remuneradas para exercer a função. Também a psicanálise trabalha nesta direção. Ter alguém ao seu lado que olhe em direção a todos os ângulos e perceba o que você não viu é de imensa colaboração.

Porém, a função remunerada é gratificante, é reconhecida, é simpática, é valorizada.  Em outros  ambientes, o advogado do diabo é visto só como aquela pessoa que gosta de ser ranzinza e, consequentemente,  antipática. É o calo no calcanhar. Mas, DominioFeminino não se intimida com adjetivos de baixa rentabilidade que lhe sejam atribuído. E, para isso é preciso ter coragem. Nós temos. Essa é a nossa função suja, que ninguém deseja desempenhar porque não rende elogios.  Não há rosas sem espinhos, nem por decreto.

É isso que chamam chutar o pau da barraca, chutar o balde.

DominioFeminino não faz gênero. Não quer fazer gênero boazinhas, porque isso não é da natureza do nosso caráter, tão pouco daqui sairá candidata a cargo eleitoral. Exemplo disso, está aí, logo abaixo, nossa análise básica, sobre os últimos acontecimentos.


Algo se move
MERVAL PEREIRA
O GLOBO - 08/09/11

Talvez o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, estivesse sendo otimista demais, ou talvez ingênuo, quando comparou as marchas ocorridas ontem em diversas cidades do país com as da Diretas Já, ou mesmo com os protestos que culminaram com o impeachment do então presidente Collor.

As manifestações das Diretas Já começaram tímidas, mas tomaram conta do país, as contra Collor tiveram seu auge naquele domingo em que ele convocou o povo a sair de branco às ruas para apoiá-lo, e o país foi tomado, espontaneamente, por marchas de pessoas vestidas de preto.

O insucesso das Diretas Já, pois o Congresso acabou não aprovando a medida, culminou no sucesso da candidatura de Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral, encerrando a fase de governos militares no país e abrindo caminho para que em 1989 fosse eleito o primeiro presidente da República de forma direta depois de 29 anos.

Justamente Collor, que acabaria impedido pelo Congresso sob acusação de corrupção.

E é a corrupção que novamente move a cidadania em manifestações convocadas pelas redes sociais, sem uma liderança específica.

A mobilização da opinião pública, feita em meio a uma turbulência de informações, num sistema midiático diversificado como o que temos no mundo moderno, independe de lideranças.

DominioFeminino — Página 4/O País, no mesmo Globo de hoje, dia 8, quinta feira, no Box: Nas redes como nas rua:

"Espero que os cara-pintadas aumentem cada vez mais! Na época do Collor vencemos. Por que não vencer agora? Avante!" Sol Mainente.

Verdade? Tanto tempo depois DominioFeminino descobre, desolado, pelo grande erro cometido. Então as esquerdas unidas que não foram vencidas não estavam naquele episódio.  Nem agora, concluímos em nossa total cegueira. Os caras-pintadas ( deve ser por vergonha de se expor )  não são uma reedição do filme que no final, revelou o grande astro  Lindemberg Faria. Não foi então, uma força montada pelo PT e todos os partidos de esquerda aliado ao alarnjado DEM. E nós não sabíamos!

Essa organização autônoma, sem um comando central, é o que dá "significados políticos" ao potencial da internet, segundo o sociólogo Manuel Castells, um dos maiores estudiosos das novas mídias e suas consequências no mundo moderno.

DominioFeminino — Sim, isto até parece com o TeaParty americano. Chega a ser comovente. Surpreende que nunca, anteriormente, na história destepaiz tenha ocorrido tal manifestação sem comandos.

Ele identifica essas manifestações, como as que aconteceram ontem no país, como um "processo de transformação estrutural" que está em curso no mundo, com múltiplas dimensões: tecnológica, econômica, cultural, institucional.

Segundo ele, "a crise de governança está relacionada com uma crise fundamental, de legitimidade política, caracterizada pelo distanciamento crescente entre cidadãos e seus representantes".

Mas Castells adverte, citando o pensador italiano Antonio Gramsci: "A sociedade civil é o espaço intermediário entre o Estado e os cidadãos, no qual as instituições do Estado e as organizações populares podem interagir, trocar e negociar interesses e valores, em uma forma de cogovernança."

DominioFeminino — Ao ponto: então Gramsci está enterrado nisso tudo até o pescoço. Peguei o espírito da coisa! SE gramscianos aprovam, então, o fio da meada não está no lugar que se pensa.

A sociedade civil, portanto, não seria "contra o Estado", mas "um canal para a transformação do Estado, a partir da pressão organizada da sociedade, sem limitar o processo democrático representativo a eleições e à política formal".

DominioFeminino — Esclarecedor. Então o movimento contra o Collor, esse atual e os vindouros já são prévias da co-governança gramsciana e não contaram para as pessoas tituladas de cidadãos.

Essa mobilização espontânea tem maior significado ainda porque, no caso brasileiro, além dos problemas comuns que afetam de modo semelhante sociedades em diversas partes do mundo, como o distanciamento entre representantes e representados, temos sistema político montado para esterilizar a atuação política a partir do controle dos partidos pelo governo através da distribuição de cargos e de métodos mais radicais, como o mensalão.

DominioFeminino — O singular nisto tudo, é que durante a crise do Mensalão, no governo estava o ex-presidente Inácio Lula da Silva, o intocável porque forte. Nesta brechinha de falsa fragilidade da atual presidente todos se tornam corajosos e desafiadores e ainda tem a ajuda de Gramsci.

O governo Lula neutralizou a ação congressual, montando uma enorme aliança política com partidos completamente distintos programaticamente, mas com um ponto em comum: nenhum deles dá mais valor ao programa do que aos benefícios que possa obter apoiando o governo da ocasião.

Ao mesmo tempo, o governo tratou de controlar os chamados "movimentos sociais" com verbas generosas e espaços de atuação política quase sempre neutros, popularmente conhecidos como "oposição a favor".

A política sindical é o melhor exemplo dessa neutralização dos eventuais adversários. A Força Sindical, de Paulo Pereira, deixou de disputar poder com a CUT, e juntas ampliaram o espaço de atuação sindical.

Um exemplo de manobra nesse sentido foi a inclusão das centrais sindicais na distribuição da verba do imposto sindical obrigatório.

Não é por acaso, mas como consequência dessa política de controle dos movimentos sociais e dos partidos políticos, que os protestos em Brasília e nas outras cidades contra a corrupção e a impunidade não contaram nem com o apoio da UNE nem da CUT nem do MST ou outras organizações chamadas não governamentais, mas que dependem basicamente das generosas verbas do governo para existirem.

DominioFeminino — Para recordar, no Impeachment do ex-presidente Collor todos estavam unidos em 'torno de um só ideal'. A adesão de todos foi imprescindível para a consecução dos objetivos. O fato de que sindicatos, MST e UNE não estarem ostensivamente apoiando, não significa que não haja acordo de gaveta e explica-se pelo fato de que o núcleo duro do PT não está do lado da Presidente, no máximo, estão tentando manipular. Eis porque muito se tem falado e escrito sobre o fogo amigo do PT.

A OAB lançou um manifesto conjunto com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), não por mera coincidência as mesmas entidades que deram suporte ao impeachment de Collor.

DominioFeminino — Essas convergências não deixam dúvidas de que há alguma coisa de muito podre no Reino do Bananal. O motivo: os interesses deles são totalmente diferentes dos interesses das pessoas enraivecidas e sem fonte de aporte financeiro e político.

Houve boas demonstrações de que o movimento é suprapartidário, desde o rápido incidente em Brasília com manifestantes vestidos com camisetas do PSOL - era proibido exibir bandeiras e símbolos partidários - até os cartazes improvisados, que pediam cassação tanto para os mensaleiros do PT quanto para os do DEM de Brasília e os do PSDB-MG.

DominioFeminino — guardamos seriiísmas reservas para acreditar que o PSOL, partido revolucionário e combativo tenha aceitado a proibição com essa brandura, sem que tenha sido instruído. Guarda a mesma desconfiança sobre qualquer movimento 'autônomo' e 'espontâneo' quando há total suporte e participação de políticos. E ao contrário do que afirma o colunista Merval Pereira, eles estavam lá em Brasília  e estarão no dia 20, no Rio de Janeiro.

O símbolo do mais recente escândalo do país, a deputada Jaqueline Roriz, absolvida por seus colegas de Câmara apesar de ter sido filmada recebendo propina, também se transformou em motivo central dos protestos em Brasília.

DominioFeminino — Curiosamente, segundo fartos relatos e ausência de cartazes durante as manifestações, nenhum nome dos 'corruptos' foi grafado pelos indignados autônomos.

Há uma grande manifestação marcada para o próximo dia 20, no Rio, com o apoio da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

DominioFeminino — As presenças da FIRJAN, tal como da OAB, ABI, CNBB e políticos   confirmam a impossibilidade da autonomia que querem nos fazer crer, tenha e esteja existindo nas passeatas.  Os interesses de todos estes não se coadunam com os interesses da população. Impossível que movimentos populares ocorram  com tanta velocidade de organização e gastos, sem a presença destas forças. 

O Supremo Tribunal Federal está na mira dos manifestantes, pois tem pela frente dois julgamentos fundamentais para a definição da luta contra a corrupção: o sobre a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa e o dos mensaleiros petistas.

O curioso é que a presidente Dilma, que deu início a esse combate à corrupção com ações enérgicas dentro de seu próprio Ministério, tenha ficado alheia a essa movimentação toda, tendo inclusive sido "protegida" das manifestações por barreiras até mesmo visuais.

Mesmo que tenha suspendido sua "faxina", por injunções políticas do esquema partidário que a levou à Presidência, Dilma agora já sabe que desencadeou um processo que dificilmente terá retrocesso. Talvez fosse mais inteligente reassumir seu comando.


O texto foi marcado pelo DominioFeminino, mesmo com  prejuízo da leitura poluída pelos grifos.


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Como viveríamos sem reclamar


A exemplo dos políticos —  nossos representantes —,  igualmente o povo não quer ler, ouvir ou saber sobre nada que direcione para soluções dos assuntos brasileiros. As ovelhas malditas são o resultado da incapacidade para refletir. Nada que se escreva que não seja sobre problemas da hora, interessa ler. Ovelhas apenas seguem o pasto que indica o pastor.

Quem não sugere possibilidades de mudanças, não pode ter o direito de reclamar. Dos problemas brasileiros, sabemos todos. Mas e daí? Que solução você apresenta, senão aquelas paliativas, as mesmas que os políticos ?   Nem ao menos alteram as palavras que o DominioFeminino tem tuitado como #ClichesNojentos. ( clichês nojentos ) indicadores de hegemonia do pensamento assimilado e mantido pelo vício da preguiça mental.

Curiosamente, por iguais motivos, tanto o povo brasileiro quanto seus representantes não desejam ir às raízes dos problemas e, para aqueles, encontrar soluções. Se as soluções viessem, não teríamos mais tantos problemas, desses velhos que são nossas agruras; então, os políticos teriam pouco a nos prometer. Porém, como o povo habituou-se a votar em promessas e delas viver, teria dificuldades para se imaginar sobrevivendo sem ser enganado .

Vai falar mal do PT ou de qualquer outro partido, o que mais se tem a dizer sobre qualquer um deles e os que ainda virão, observando as mesmas leis ? Aqui, outra vez, um link para ler e de preferência, fazer esforço para compreender. Se discorda, quem sabe sua solução não é a melhor ?


A gaveta dos registros de partidos políticos 




Você deixou de ler estes ?


Diálogos sobre a servidão - Site VenenoVeludo


Neo-Escravidão dissimulada - Site do DominioFeminino


domingo, 28 de agosto de 2011

O que faz você aqui no Twitter ? PARTE II A)


Sobre Block e Block reportando Spam


Onde quer que convivam duas ou mais pessoas, regras serão necessárias ao convívio com um mínimo de respeito comum a todos. No Twitter não seria diferente. Inicialmente o twitter não se preocupava com tantas regras como hoje o faz. Na opinião do DominioFeminino ele até está extrapolando no volume de regras.

Mas, o twitter originalmente foi programado para outro povo onde as Leis são curtas, enxutas, mas grossas na hora da exigência do cumprimento. Muitas usadas entre nós latinos, sequer seriam necessárias. Veio o Twitter a abrigar o mundo inteiro. Primeiro, Segundo e Terceiro Mundo. Então, o nó se fez e o Twitter precisou rever as regras.

A velha favela do Orkut onde tudo é complicado para fazer deletar uma página, no Twitter isso ocorre com mais facilidades. As queixas são comprovadas pelo giga banco de dados em tempo real. Então, os bots encarregados e, também pessoas reais, na hora checam a veracidade das ocorrências e tomam as necessárias medidas requeridas pelo usuário.

Comprovação de fatos são imediatamente checados ainda com o corpo quente mediante aquele banco de dados em tempo real. Isso é bom para o Twitter evitando a enxurrada de processos e é bom para o usuário que, pode requerer providências de imediato, como disse, com o corpo do cadáver ainda quente.

Mas os egressos do Orkut têm muita dificuldade para conviver no Twitter e sempre pelo mesmo motivo que é noção básica das regras. Esse desconhecimento tem duas origens. Uma, porque o povo brasileiro não acredita em regras (leis) porque já interiorizaram a desordem legal e Outra, porque a indolência não permite que saiam em busca de respostas, ainda que já tenham ouvido falar no Google. 

As origens para esta indolência e a lista, deixamos para o leitor desdobrar e descobrir a enormidade dela. Leitura que não seja dos livros didáticos deve ser difícil. A leitura tem o dever de obrigar o leitor a desdobrar seu próprio pensamento daquilo que está lendo ou leu. Como diz o Olavo, se não entendeu o capítulo 31 não vai entender o capítulo 32. O leitor deve voltar ao capítulo 31. Procurar ler sobre uso e prescrição, nem pensar

Antes de se entrar em uma nova casa para onde alguém tenha se mudado deve conhecer todas as portas do imóvel e descobrir como abrir e trancá-las. Isso é necessidade básica que precisa que o mecanismo da tranca seja conhecido e facilmente utilizado em horas necessárias.

Isto posto, descobre-se que o pessoal brasileiro no Twitter demonstra muita dificuldade com um simples trancar portas, ou seja, fazer um bloqueio simples e retornável de conta ou fazer bloqueio e reportar por spam. Este último é o ideal para os contumazes importunadores que vai nessa classificação, desde pessoas que invadem a Mention sem que siga a conta até contas outras que o fazem para enviar links maliciosos ou vender produtos.

É o mesmo princípio que rege o spam via e-mail. Mensagem não autorizada. Alguém que chega casa a dentro sem que tenha sido convidada a chegar sequer ao portão. Nesses casos, o invasor não faz apenas com uma conta, ele fará com muitas outras. Pegará o gostinho de invadir sem que seja punido. Todavia, alguém deve fazer e solicitar aos seus seguidores que o façam. A recusa da outra parte é um incentivo à quebra das regras comum a todos.

No Twitter Brasil quando se solicita cumplicidade de bloqueio —  por desconfiança cultural —  todos perguntam o motivo ou, por cumplicidade com a parte invasora, omite-se. Essa é uma hora boa para avaliar o usuário que se recusou. Nós escrevemos *avaliar* e não fazer juízo de valor, que este, só mais adiante se confirmará como merecedor de julgamento de parte de quem solicitou.

Vamos ao que importa neste momento: Veja como dar um block e como dar block reportando por spam.


Usando o TweetDeck,  block e reportar por spam

Usando a página do Twitter, block e reportar por spam




Leia : O que faz você aqui no Twitter ? PARTE IO que faz você aqui no Twitter ? PARTE II

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

DominioFeminino atualizado

└═─Blog dos Rebelados─═┘ DominioFeminino atualizado

Pensando em escrever.

Títulos possíveis:

O unicórnio é olheta.
O burro tem dois olhos
Quem perdeu um DNA ?
O texto em branco.

Um livro com páginas em branco não e original. Esse já foi publicado. — Falou o Massao Ono. — Ele gostava de publicar os poemas da Olga Savari. Poemas nunca lidos pelo DominioFeminino, diga-se de passagem.

OBS.: não é para chamar a atenção, não. É, realmente, falta de ter alguma coisa que alguém precise perder tempo para saber, queira ler e ouvir.



domingo, 24 de julho de 2011

Como este mundo é socialmente injusto!



Conservative Examiner


Um conhecido que está familiarizado com o meu apoio irrestrito aos direitos à arma, aproximou-se de mim recentemente e disse: "Então, você acredita que a violência armada é justificada."

— "Só quando essa violência serve um propósito redentor moral" — eu respondi secamente.

— "Matar pessoas não se justifica", ela disse: 'Nem sempre serve a um propósito redentor moral. "

— "Tente dizer isso para os marxistas / socialistas / comunistas e outros totalitários que assassinaram a sangue frio cerca de 100 milhões de pessoas em todo o mundo nos últimos 100 anos", eu respondi: "E tente dizer isso a centenas de cidadãos a cada ano que usam armas para salvar as vidas de suas famílias, bem como a si mesmos, de bandidos sem lei. "

Os progressistas nunca compreenderam  que  "bandidos sem lei" ou "criminosos" não respondem muito bem ao comum, as leis sensatas. É por isso que eles são chamados de "sem lei". Mas então, a maioria das pessoas com uma educação de 6º grau sabe disso - exceto os progressistas.


CONSIDERANDO que os Estados Unidos da América teem uma Constituição sobre a qual não se passa sem grande risco de vida,  #DominioFeminino morre, mas é de inveja. Aqueles sortudos que não pariram nenhum Macunaíma !


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Reconheça os nomes dos culpados

#KyrieEleison


Constituintes de 1988

Ulysses Guimarães , Presidente - Mauro Benevides , 1.º Vice-Presidente - Jorge Arbage , 2.º Vice-Presidente - Marcelo Cordeiro , 1.º Secretário - Mário Maia , 2.º Secretário - Arnaldo Faria de Sá , 3.º Secretário - Benedita da Silva , 1.º Suplente de Secretário - Luiz Soyer , 2.º Suplente de Secretário - Sotero Cunha , 3.º Suplente de Secretário - Bernardo Cabral , Relator Geral - Adolfo Oliveira , Relator Adjunto - Antônio Carlos Konder Reis , Relator Adjunto - José Fogaça , Relator Adjunto - Abigail Feitosa - Acival Gomes - Adauto Pereira - Ademir Andrade - Adhemar de Barros Filho - Adroaldo Streck - Adylson Motta - Aécio de Borba - Aécio Neves - Affonso Camargo - Afif Domingos - Afonso Arinos - Afonso Sancho - Agassiz Almeida - Agripino de Oliveira Lima - Airton Cordeiro - Airton Sandoval - Alarico Abib - Albano Franco - Albérico Cordeiro - Albérico Filho - Alceni Guerra - Alcides Saldanha - Aldo Arantes - Alércio Dias - Alexandre Costa - Alexandre Puzyna - Alfredo Campos - Almir Gabriel - Aloisio Vasconcelos - Aloysio Chaves - Aloysio Teixeira - Aluizio Bezerra - Aluízio Campos - Álvaro Antônio - Álvaro Pacheco - Álvaro Valle - Alysson Paulinelli - Amaral Netto - Amaury Müller - Amilcar Moreira - Ângelo Magalhães - Anna Maria Rattes - Annibal Barcellos - Antero de Barros - Antônio Câmara - Antônio Carlos Franco - Antonio Carlos Mendes Thame - Antônio de Jesus - Antonio Ferreira - Antonio Gaspar - Antonio Mariz - Antonio Perosa - Antônio Salim Curiati - Antonio Ueno - Arnaldo Martins - Arnaldo Moraes - Arnaldo Prieto - Arnold Fioravante - Arolde de Oliveira - Artenir Werner - Artur da Távola - Asdrubal Bentes - Assis Canuto - Átila Lira - Augusto Carvalho - Áureo Mello - Basílio Villani - Benedicto Monteiro - Benito Gama - Beth Azize - Bezerra de Melo - Bocayuva Cunha - Bonifácio de Andrada - Bosco França - Brandão Monteiro - Caio Pompeu - Carlos Alberto - Carlos Alberto Caó - Carlos Benevides - Carlos Cardinal - Carlos Chiarelli - Carlos Cotta - Carlos De’Carli - Carlos Mosconi - Carlos Sant’Anna - Carlos Vinagre - Carlos Virgílio - Carrel Benevides - Cássio Cunha Lima - Célio de Castro - Celso Dourado - César Cals Neto - César Maia - Chagas Duarte - Chagas Neto - Chagas Rodrigues - Chico Humberto - Christóvam Chiaradia - Cid Carvalho - Cid Sabóia de Carvalho - Cláudio Ávila - Cleonâncio Fonseca - Costa Ferreira - Cristina Tavares - Cunha Bueno - Dálton Canabrava - Darcy Deitos - Darcy Pozza - Daso Coimbra - Davi Alves Silva - Del Bosco Amaral - Delfim Netto - Délio Braz - Denisar Arneiro - Dionisio Dal Prá - Dionísio Hage - Dirce Tutu Quadros - Dirceu Carneiro - Divaldo Suruagy - Djenal Gonçalves - Domingos Juvenil - Domingos Leonelli - Doreto Campanari - Edésio Frias - Edison Lobão - Edivaldo Motta - Edme Tavares - Edmilson Valentim - Eduardo Bonfim - Eduardo Jorge - Eduardo Moreira - Egídio Ferreira Lima - Elias Murad - Eliel Rodrigues - Eliézer Moreira - Enoc Vieira - Eraldo Tinoco - Eraldo Trindade - Erico Pegoraro - Ervin Bonkoski - Etevaldo Nogueira - Euclides Scalco - Eunice Michiles - Evaldo Gonçalves - Expedito Machado - Ézio Ferreira - Fábio Feldmann - Fábio Raunheitti - Farabulini Júnior - Fausto Fernandes - Fausto Rocha - Felipe Mendes - Feres Nader - Fernando Bezerra Coelho - Fernando Cunha - Fernando Gasparian - Fernando Gomes - Fernando Henrique Cardoso - Fernando Lyra - Fernando Santana - Fernando Velasco - Firmo de Castro - Flavio Palmier da Veiga - Flávio Rocha - Florestan Fernandes - Floriceno Paixão - França Teixeira - Francisco Amaral - Francisco Benjamim - Francisco Carneiro - Francisco Coelho - Francisco Diógenes - Francisco Dornelles - Francisco Küster - Francisco Pinto - Francisco Rollemberg - Francisco Rossi - Francisco Sales - Furtado Leite - Gabriel Guerreiro - Gandi Jamil - Gastone Righi - Genebaldo Correia - Genésio Bernardino - Geovani Borges - Geraldo Alckmin Filho - Geraldo Bulhões - Geraldo Campos - Geraldo Fleming - Geraldo Melo - Gerson Camata - Gerson Marcondes - Gerson Peres - Gidel Dantas - Gil César - Gilson Machado - Gonzaga Patriota - Guilherme Palmeira - Gumercindo Milhomem - Gustavo de Faria - Harlan Gadelha - Haroldo Lima - Haroldo Sabóia - Hélio Costa - Hélio Duque - Hélio Manhães - Hélio Rosas - Henrique Córdova - Henrique Eduardo Alves - Heráclito Fortes - Hermes Zaneti - Hilário Braun - Homero Santos - Humberto Lucena - Humberto Souto - Iberê Ferreira - Ibsen Pinheiro - Inocêncio Oliveira - Irajá Rodrigues - Iram Saraiva - Irapuan Costa Júnior - Irma Passoni - Ismael Wanderley - Israel Pinheiro - Itamar Franco - Ivo Cersósimo - Ivo Lech - Ivo Mainardi - Ivo Vanderlinde - Jacy Scanagatta - Jairo Azi - Jairo Carneiro - Jalles Fontoura - Jamil Haddad - Jarbas Passarinho - Jayme Paliarin - Jayme Santana - Jesualdo Cavalcanti - Jesus Tajra - Joaci Góes - João Agripino - João Alves - João Calmon - João Carlos Bacelar - João Castelo - João Cunha - João da Mata - João de Deus Antunes - João Herrmann Neto - João Lobo - João Machado Rollemberg - João Menezes - João Natal - João Paulo - João Rezek - Joaquim Bevilácqua - Joaquim Francisco - Joaquim Hayckel - Joaquim Sucena - Jofran Frejat - Jonas Pinheiro - Jonival Lucas - Jorge Bornhausen - Jorge Hage - Jorge Leite - Jorge Uequed - Jorge Vianna - José Agripino - José Camargo - José Carlos Coutinho - José Carlos Grecco - José Carlos Martinez - José Carlos Sabóia - José Carlos Vasconcelos - José Costa - José da Conceição - José Dutra - José Egreja - José Elias - José Fernandes - José Freire - José Genoíno - José Geraldo - José Guedes - José Ignácio Ferreira - José Jorge - José Lins - José Lourenço - José Luiz de Sá - José Luiz Maia - José Maranhão - José Maria Eymael - José Maurício - José Melo - José Mendonça Bezerra - José Moura - José Paulo Bisol - José Queiroz - José Richa - José Santana de Vasconcellos - José Serra - José Tavares - José Teixeira - José Thomaz Nonô - José Tinoco - José Ulísses de Oliveira - José Viana - José Yunes - Jovanni Masini - Juarez Antunes - Júlio Campos - Júlio Costamilan - Jutahy Júnior - Jutahy Magalhães - Koyu Iha - Lael Varella - Lavoisier Maia - Leite Chaves - Lélio Souza - Leopoldo Peres - Leur Lomanto - Levy Dias - Lézio Sathler - Lídice da Mata - Louremberg Nunes Rocha - Lourival Baptista - Lúcia Braga - Lúcia Vânia - Lúcio Alcântara - Luís Eduardo - Luís Roberto Ponte - Luiz Alberto Rodrigues - Luiz Freire - Luiz Gushiken - Luiz Henrique - Luiz Inácio Lula da Silva - Luiz Leal - Luiz Marques - Luiz Salomão - Luiz Viana - Luiz Viana Neto - Lysâneas Maciel - Maguito Vilela - Maluly Neto - Manoel Castro - Manoel Moreira - Manoel Ribeiro - Mansueto de Lavor - Manuel Viana - Márcia Kubitschek - Márcio Braga - Márcio Lacerda - Marco Maciel - Marcondes Gadelha - Marcos Lima - Marcos Queiroz - Maria de Lourdes Abadia - Maria Lúcia - Mário Assad - Mário Covas - Mário de Oliveira - Mário Lima - Marluce Pinto - Matheus Iensen - Mattos Leão - Maurício Campos - Maurício Correa - Maurício Fruet - Maurício Nasser - Maurício Pádua - Maurílio Ferreira Lima - Mauro Borges - Mauro Campos - Mauro Miranda - Mauro Sampaio - Max Rosenmann - Meira Filho - Melo Freire - Mello Reis - Mendes Botelho - Mendes Canale - Mendes Ribeiro - Messias Góis - Messias Soares - Michel Temer - Milton Barbosa - Milton Lima - Milton Reis - Miraldo Gomes - Miro Teixeira - Moema São Thiago - Moysés Pimentel - Mozarildo Cavalcanti - Mussa Demes - Myrian Portella - Nabor Júnior - Naphtali Alves de Souza - Narciso Mendes - Nelson Aguiar - Nelson Carneiro - Nelson Jobim - Nelson Sabrá - Nelson Seixas - Nelson Wedekin - Nelton Friedrich - Nestor Duarte - Ney Maranhão - Nilso Sguarezi - Nilson Gibson - Nion Albernaz - Noel de Carvalho - Nyder Barbosa - Octávio Elísio - Odacir Soares - Olavo Pires - Olívio Dutra - Onofre Corrêa - Orlando Bezerra - Orlando Pacheco - Oscar Corrêa - Osmar Leitão - Osmir Lima - Osmundo Rebouças - Osvaldo Bender - Osvaldo Coelho - Osvaldo Macedo - Osvaldo Sobrinho - Oswaldo Almeida - Oswaldo Trevisan - Ottomar Pinto - Paes de Andrade - Paes Landim - Paulo Delgado - Paulo Macarini - Paulo Marques - Paulo Mincarone - Paulo Paim - Paulo Pimentel - Paulo Ramos - Paulo Roberto - Paulo Roberto Cunha - Paulo Silva - Paulo Zarzur - Pedro Canedo - Pedro Ceolin - Percival Muniz - Pimenta da Veiga - Plínio Arruda Sampaio - Plínio Martins - Pompeu de Sousa - Rachid Saldanha Derzi - Raimundo Bezerra - Raimundo Lira - Raimundo Rezende - Raquel Cândido - Raquel Capiberibe - Raul Belém - Raul Ferraz - Renan Calheiros - Renato Bernardi - Renato Johnsson - Renato Vianna - Ricardo Fiuza - Ricardo Izar - Rita Camata - Rita Furtado - Roberto Augusto - Roberto Balestra - Roberto Brant - Roberto Campos - Roberto D’Ávila - Roberto Freire - Roberto Jefferson - Roberto Rollemberg - Roberto Torres - Roberto Vital - Robson Marinho - Rodrigues Palma - Ronaldo Aragão - Ronaldo Carvalho - Ronaldo Cezar Coelho - Ronan Tito - Ronaro Corrêa - Rosa Prata - Rose de Freitas - Rospide Netto - Rubem Branquinho - Rubem Medina - Ruben Figueiró - Ruberval Pilotto - Ruy Bacelar - Ruy Nedel - Sadie Hauache - Salatiel Carvalho - Samir Achôa - Sandra Cavalcanti - Santinho Furtado - Sarney Filho - Saulo Queiroz - Sérgio Brito - Sérgio Spada - Sérgio Werneck - Severo Gomes - Sigmaringa Seixas - Sílvio Abreu - Simão Sessim - Siqueira Campos - Sólon Borges dos Reis - Stélio Dias - Tadeu França - Telmo Kirst - Teotonio Vilela Filho - Theodoro Mendes - Tito Costa - Ubiratan Aguiar - Ubiratan Spinelli - Uldurico Pinto - Valmir Campelo - Valter Pereira - Vasco Alves - Vicente Bogo - Victor Faccioni - Victor Fontana - Victor Trovão - Vieira da Silva - Vilson Souza - Vingt Rosado - Vinicius Cansanção - Virgildásio de Senna - Virgílio Galassi - Virgílio Guimarães - Vitor Buaiz - Vivaldo Barbosa - Vladimir Palmeira - Wagner Lago - Waldec Ornélas - Waldyr Pugliesi - Walmor de Luca - Wilma Maia - Wilson Campos - Wilson Martins - Ziza Valadares.


Participantes: Álvaro Dias - Antônio Britto - Bete Mendes - Borges da Silveira - Cardoso Alves - Edivaldo Holanda - Expedito Júnior - Fadah Gattass - Francisco Dias - Geovah Amarante - Hélio Gueiros - Horácio Ferraz - Hugo Napoleão - Iturival Nascimento - Ivan Bonato - Jorge Medauar - José Mendonça de Morais - Leopoldo Bessone - Marcelo Miranda - Mauro Fecury - Neuto de Conto - Nivaldo Machado - Oswaldo Lima Filho - Paulo Almada - Prisco Viana - Ralph Biasi - Rosário Congro Neto - Sérgio Naya - Tidei de Lima. 
In Memoriam: Alair Ferreira - Antônio Farias - Fábio Lucena - Norberto Schwantes - Virgílio Távora.

sábado, 4 de junho de 2011

Pensamentos rasos sobre o Caso Palocci


Pensamentos rasos sobre o Caso Palocci

Iniciando pela falsa entrevista, as tentativas do Ministro Palocci representaram um imenso engodo à Nação. Dizendo corretamente, representaram a continuação do engodo ao modo Petista de operar.

Sabedores das fraquezas das Organizações Roberto Marinho, a Tv Globo é sempre a escolhida. Impossível culpar aquela empresa que como todas, principalmente, na área de comunicação estão sempre à mercê do poder federal. Têm sobrevida enquanto se mantiver ajoelhadas no milho.

Intencionalmente a falsa entrevista foi ao ar com traços de vídeo pirata de fundo de quintal. O entrevistador quase em off deixando o espaço de microfone e iluminação para o falante Ministro Palocci. Duas são as possibilidades do motivo de assim ter acontecido. 1) uma maneira de a Globo mostrar-se incomodada pela decisão imposta pelo Alvorada. 2) pode mesmo ter-se esforçado para colaborar com o Alto.

Qual das duas hipóteses é a verdadeira, nunca saberemos.

Uma das estranhezas foi o Ministro Palocci declarar que, quando foi convidado e aceitou o cargo na Casa Civil ter encerrado as atividades da empresa de consultoria de sua propriedade.

Se o Ministro insiste na correção fiscal e tributária, na lisura dos contratos firmados com seus clientes, chamou a atenção o fato de que, não fez uso de uma cláusula simples constante em todo e qualquer contrato: Quebra de Contrato. O ministro preocupou-se, corretamente, de Cláusula de Confidencialidade e, no entanto, deixou de fora a mais corriqueira das cláusulas.

Se é fato que a Cláusula de Quebra de Contrato não constava dos mesmos, alguma intenção de má-fé existia, como se previsse a necessidade de, de repente, ter que fechar a empresa diante de um imprevisto como este ocorrido. Precisar sair às pressas no meio da noite e não ter cliente alguma para reclamar na Justiça, com multas pesadas que recaem sobre os empresários mortais.

Outro detalhe foi o fato de o ministro declarar, também, que havia contratos de até 05 anos, quando a lei só reconhece os contratados por até 03 anos.

Mais outra coisa, Palocci declarou que, o período do mais alto faturamento da empresa ocorreu por conta do afastamento dele e conseqüente suspensão das atividades da pessoa jurídica e que toda a arrecadação foi maior porque os clientes quitaram seus débitos, passados e futuros, com base no ‘já realizado’. Não disse exatamente usando ‘passados e futuros’ mas essa foi a declaração entendida pelos ouvintes.

O que nos encanta é ver com que velocidade esses serviços parciais já prestados foram medidos e aceitos pelos clientes.

Uma coisa não deveria entusiasmar tanto os brasileiro que é a saída do ministro Palocci da Casa Civil. Outra matilha do PT já se morde pela posse dos dejetos da fossa que nada tem de séptica.



sexta-feira, 20 de maio de 2011

O que faz você aqui no Twitter ? PARTE II

Se ainda não leu a PARTE I clique para ler


Sua Página no Twitter

Se Pessoa física siga o padrão estético do avatar em acordo com sua Bio.
Se Pessoa Jurídica, logotipo ou logomarca
Se Profissional adote um padrão estético mais sóbrio, mais gráfico do que se fosse pessoal.
Se Profissional/Pessoal, isto exige muito equilíbrio gráfico.

Tanto a pessoa jurídica quanto as profissional pode ter sua conta individual, ou seja, de pessoa física, dissociada da conta primeira. Mesmo nestes casos há que haver um padrão de comportamento para evitar nódoa na imagem principal. Outra coisa importante, é fazer uma conta backup para situações emergenciais, como twitmo ou mesmo uma mais radical que é a tomada de senha.

Listando no Twitter

Tudo pronto com o seu perfil, definido que tipo de público você deseja e precisa, hora de nominar e definir suas listas no Twitter. Pelo perfil da conta, se profissional,  ela pode ir para uma lista ‘target’, por exemplo — neste caso sugerimos que seja lista fechada. Lista da “geral’ são para aqueles que interessam à leitura mais constante dos tuites. 'Fonte’ de notícias. E assim vai de acordo com seus critérios, lembrando que uma única conta pode constar de várias listas e assim evita que você abra trocentas listas e dificultando o acompanhamento dos tuites.

A desvantagem de deixar suas listas abertas são muitas e você descobrirá com o tempo. Mas não queira descobrir.


Hora de escolhas (para perfis pessoais)

Logo de início, escolha apenas as contas oficiais do Twitter. As mais importantes: @Safety @spam @support e alguns membros da equipe do Twitter.

Ainda que a sua expectativa em conseguir followers possa parecer angustiante você deve ter cautela. Se você não é um tonto maria-vai-com-as-outras se tem posições e alguma convicção não deve aceitar followers que sejam muito díspares ou totalmente opostos porque você vai ter que conviver com a leitura dos tuites deles.

A freqüência da leitura dos tuites que desagradam a você se torna uma coisa insuportável e chega até o ponto de se configurar como uma violência. Se você se submete só por não querer dar um unfollow e perder seguidor, cai naquela de masoquista. Por outro lado, suponha que seus tuites também são torturantes para o seguidor que nada tem a haver com você. Aí é sado-masô puro.


Antes de seguir:

1) Primeira coisa é a leitura da Bio e verificação do avatar. Se conseguir decifrar a Bio, o que duvidamos para os casos de ‘adivinhação’, okay. Outra saída mais direta é perguntar o motivo pelo qual ela deseja acompanhar você. É interessante e pedagógico dizer porque não dará seu follow. Explique seus motivos. Uma forma de praticar a honestidade simples e boa em toda e qualquer ocasião.

2) Corra para TL da conta e gaste o tempo que achar necessário para ler muito tuites sem se esquecer de ver com quem a pessoa troca tuites. Os followers do seu seguidor também contam na hora de dar o follow.

3) Vale a pena dedicar um bom tempo verificando todos, ou a maioria dos followers do seu seguidor bem como a susbstância dos tuites.

4) É importante que haja algum elemento de ligação entre você e seu follower. Futebol não ? Okay, evite os apaixonados por futebol que em dia de jogo acabarão com sua santa paciência. Porém, alguns podem valer o sacrifício, principalmente se você usa algum browse que permita utilizar filtro. Caso do TweetDeck. Em dias de jogos ponha todos os followers aficionados dentro do filtro, mas não se esqueça de retirá-los da jaulinha.

5) Você é do tipo carente ou simplesmente que gosta de demonstrações de afetos em público não terá dificuldades em encontrar followers brasileiros. Grande parte adora enviar beijos mis, doçurinhas de outros melados ao gosto do freguês. Perdem um tempão pulando as TL para dizer bom dia, boa noite, e todo tipo de cumprimento para encher lingüiça na falta de ter o que tuitar ou achando que é isto que mantém os followers. Follower brasileiro carente, pode ser, mas se for estrangeiro, não funciona assim.

└═─Lembrete─═┘

Se você é jovem terá dificuldade para seguir um adulto, ainda mais se o adulto for inteligente. Com certeza você o achará um ‘chato’. Ao passo que o adulto vai ter mais compreensão e paciência para ler os tuites de um jovem por mais descerebrado que ele seja.

Não se impressione com algumas Bios que indicam Doutorado nisto, Ph.D. naquilo, estudante de Medicina, Filosofia etc. Nada disto indica nível realmente intelectual e tuites  substanciais e podem não passar apenas de títulos para impressionar, mesmo que verdadeiros. Mantenha o critério de ler a TL uns vários dias para trás.


Se ainda não leu a PARTE I clique para ler

PARTE III em andamento.




terça-feira, 3 de maio de 2011

O que faz você aqui no Twitter ? PARTE I


Para lá de centenas, especialistas em redes sociais não conseguem chegar a uma conclusão sobre os exatos pontos que faz com que um seguidor ganhe um unfollow.  Mesmo nas tribos super política e culturalmente organizadas como as tribos americanas. A fartura de artigos analíticos chega a confundir de tantas que são as diferentes opiniões e receitas prontas. Assim considerando, também esta do DominioFeminino não será A análise, e passa longe de uma receita.

O que o Twitter não é

Já abordamos o assunto no Portal DominioFeminino, de forma branda. Agora, diante do explicitado pelo Kevin Thau, vice-presidente de negócios e de desenvolvimento corporativo do Twitter em evento da Nokia - Nokia World 2010, nessa terça-feira de Setembro/2010, dia 14 - durante o qual ele ratifica que a rede de microblogging  não é uma rede social. “O Twitter é para notícias. O Twitter é para conteúdo. O Twitter é para informação”, disse Kevin Thau. Prosseguir leitura

Se você deu com os costados no Twitter sem ter a menor idéia do que seja, bom saber o que O que o Twitter não é. (link) e se preparar para não fazer feio.

Perfil 

Um perfil é composto pelo avatar e pela Bio — resumo dos dados que o usuário considera importantes sobre si mesmo, bem como sua localização.

Consideraremos 3 tipos de perfis:

1) o pessoal, se pessoa física; 
2) o institucional, se pessoa jurídica;
3) o profissional

No entanto, pode-se considerar um 4º perfil mesclado que seria o perfil profissional com algum dado pessoal. No caso do perfil profissional, deve-se tomar muito cuidado e manter a ênfase nos dados profissionais.

O perfil de pessoa jurídica, assim, como o perfil profissional, dependendo da atividade, deve constar ou não em Inglês. Sendo área de abrangência internacional, sem dúvida os benefícios dos dados em Inglês serão exigidos para cumprir o propósito que é divulgar a atividade e ampliar o raio de ação.

Avatar


Dois excelentes perfis: Bio concisa e bom avatar.

O avatar por ser a fachada da sua empresa ou da residência requer tanto cuidado quanto sua Bio, o interior da fachada. Entende-se o avatar como a roupa com a qual você se apresenta e que nunca pode destoar da forma como você se descreve, a menos que seu perfil represente uma total ironia, mas nunca uma gracinha pueril porque no Twitter não há lugar para crianças e se assim for, considere-se na categoria dos ridículos, um peixe fora d’água.

O avatar pessoal pode ter imagem criativa, engraçada, cômica, patriótica, mimosa etc. Os militantes políticos, não necessariamente partidários, vão se identificar ou com avatar patriótico ou de protesto. Mas não somente esses. Há avatar de pura ironia dentre os que poderiam estar na categoria de mimosos e outros que encaram com fotografia. Avatar com fotografia verdadeira é o que realmente se pode considerar confiável se acompanhado de dados minimamente críveis. Ocorre que, a fotografia, é bom lembrar, não é vitrine de exibicionismo, a menos que o usuário seja modelo fotográfico e use a conta dentro da classificação de perfil profissional. 

Quando a fotografia faz tipo, seja qual tipo for, o usuário já tem meio caminho andado para ser rejeitado ou pouco apreciado. Mulheres adultas fazendo pose de adolescente romântica, nem pensar porque é ridículo demais, mesmo que isto não seja empecilho para receber follow. Há gosto para muitos desgostos. Quanto mais sóbria for a foto, tanto melhor. Por sóbria, entenda-se elegante.

Nos avatares dos brasileiros chega a ser enjoativo encontrar tantos do “fazer tipo”. Homens fotografados sem camisa bem no estilo orkut do fundo do quintal. Mulheres que se querem misteriosas e que escondem o rosto sob os cabelos, manjadíssimo. Diz-se sobre isto que são estilosas ( pejorativo para quem não tem  bom gosto ). Fotos de caras e bocas, tipo ‘eu sou sexy’. Pior é o avatar-foto tipo cachorrona.

Bio

Excelente Bio Profissional / Pessoal

Você faria um cartão social em branco ou um indicando seu signo, ou ainda com uma frase ridícula digna de merecer que você fosse trancado em um hospício? Bio de brasileiro no Twitter chega a ser deprimente. Sugerimos que você passe a cultivar o hábito de lê-las. Vai nos dar razão.

Se todos nós passarmos a cobrar informação daqueles que nos querem acompanhar prestaremos um grande serviço ao nosso mundo virtual. Só há pouco tempo foi que passamos a avisar por DM aos novos followers que ficam na porta esperando o follow sobre o motivo de não os acompanhar. Apenas um alterou a Bio para se explicar. Muitos, logo de cara, são bloqueado. 


A imagem acima remete ao título do Post. O que é que perfil igual a este faz no Twitter? Ele é ideal para o orkut. Este perfil não atrai bons seguidores e bons seguidores devem ser exigentes. Um perfil empresarial não tem a menor chance de avaliar o pontencial dele dentro do seu target e tão pouco perfis profissionais. Seguindo o perfil pessoal se pensarmos o que esta pessoa poderia acrescentar a você a resposta é: apenas aumentar o número de seguidores sem qualidade. Atente para os exageros do tweet e não é porque é jovem, é porque não tem nada na cabeça mesmo. Adultos, homens e mulheres, inúmeros, demonstram o mesmo comportamento que só polui sua timeline. Mais adiante falaremos sobre a importância da seleção de followers.

O que faz você aqui no Twitter ? PARTE I


terça-feira, 26 de abril de 2011

A gaveta dos registros de partidos políticos

As exigências burocráticas e jurídicas — aberração por constar como detalhada matéria constitucional — que cercam a fundação e registro de um partido político no Brasil ensejam os mais terríveis malefícios aos eleitores, ao povo e portanto, à Nação. Tudo isto matéria constitucional decorrente de mentalidade dominadora.

A mini-reforma eleitoral realizada em 2009, que resultou na Lei 12.034/2009, que alterou não só o Código Eleitoral, como a Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/1995) e a Lei das Eleições (Lei 9.504/1997). São provas do quanto a vontade politiqueira guia nossos destinos. Veneno em pequenos goles.

Tendo em vista que uma reforma eleitoral não deveria receber tratamento de mini-reforma, como ocorreu em 2009 quando nada de importante foi introduzido, também nesta pretendida Reforma Eleitoral manter-se-ão as inúmeras e grandes barreiras a formação de partidos políticos. Como sempre, fabricam-se leis para vender facilidades cartoriais e enganações, principalmente.

Pela nossa mais promíscua tradição, a cada partido que se forma esvazia-se diversos outros com o agravante de que só políticos viciados nos votos se dão bem na formação de uma nova sigla — que nunca é o mesmo que novo partido.

Ao contrário do Sistema Eleitoral americano tão objeto de consumo — mas sempre negado com dedos em cruz  — onde qualquer cidadão americano pode montar seu partido em qualquer canto de rua de um simples condado, essa chamada reforma sequer cogitou o direito à livre associação ainda que os sindicatos, no Brasil, e até o MST aja e viva como partidos político com a vantagem de sequer ter fiscalização. 

Um partido político nos moldes dos partidos americanos, ao contrário daqui, não tem que ter representação nacional, muito menos uma sede na Capital Federal. Criado em determinado Estado, ele obedece às leis daquele estado e só ali ele pode atuar e lançar candidatos a cargos locais. À medida em que se expande, em cada Estado ele vai se registrando; nada dessa estória de registro nacional se não pretende lançar candidato à Presidência da República e até porque a escalada não é tão simples assim. Ter representação em todos os estados não confere reconhecimento nacional ao partido que neste caso os parâmetros são ouros. 

Como demonstração das facilidades para montar um partido nos Estados Unidos, o mais recente exemplo foi o Partido do Tea Party em Michigan. Apenas por fax, um grupo de esquerda adiantou-se e deu início ao recolhimento de assinaturas — dependendo do Estado pode ser registrado com apenas 200 assinaturas —  em nome do Tea Party para registro de partido local. É bom lembrar que o Tea Party é um movimento livre e sem lideranças nem registro porque a livre associação independe de burocracia como no Brasil.

Em Minnesota/MN, por exemplo, se você é um independente e quer se candidatar a algum cargo eletivo local, ou apoiar outro candidato, basta colher algumas assinaturas, e seu partido recebe o registro após você se cadastrar no Conselho de Financiamento de campanhas e assim que conseguiu levantar ou gastar soma equivalente a 100 dólares de despesas — a variação depende apenas da lei estadual do local do registro. Se você quer lançar um candidato, local, pelo seu partido, o procedimento é o mesmo. Claro, você precisaria apresentar um programa, um conjunto de idéias ou plataforma, escrito em apenas uma página. 


Um dado curioso em Minnesota é que lá o Estado se orgulha de não tratar mal os pequenos partidos, como alegam ocorrer em outros estados. Pela autonomia dos Estados, pelo voto Distrital e pelo voto Facultativo é que não há temores de que tantos partidos pequenos possam ter poderes para corromper ou tumultuar eleições e governos locais; nacional, menos ainda.

Temos então o inverso das regras brasileiras para criação de partidos políticos. Nos Estados Unidos há toda facilidade para formação e registro. As dificuldades ficam por conta de se conseguir expansão para outros estados e mesmo com toda a facilidade em nada impede a importância dos dois únicos partidos majoritários: Republicano e Democrata. O Republicano representando a Direita e o Democrata, a Esquerda.

Na visão dos Pais Fundadores dos Estados Unidos da América os partidos políticos representavam um grande perigo e se prestariam à manipulação dos cidadãos sendo este  o motivo pelo qual a Constituição americana não abriga regra alguma sobre o assunto. Aliás, lá existe até o Partido da Constituição.
Entre nós, as dificuldades para registros de partidos causam todos os males imagináveis. Os partidos políticos formados por políticos da ativa, reunindo-se no mesmo saco, membros fundadores de diversas correntes ideológicas e toda sorte de fisiologismo, procriam de maneira automática em descrédito e, consequentemente, em corrupção. 


A situação dos partidos em formação propicia aos seus donos boa renda às custas dos seguidores e das captações de recursos financeiros. Assim, pode ser muito rentável que um partido político permaneça em eterna formação para benefício, quase sempre de um único responsável, quase sempre o fundador, enquanto os seguidores alimentam sonhos jamais realizáveis.  A desculpa para o dono do partido será sempre a culpa da burocracia exigida dificultando o número de assinaturas de apoio ao registro. 

Para aqueles poucos e raros honrados de fora da política representativa que sonharem montar um partido político, só resta a impossibilidade real. Aproveite e conheça como não conseguir registrar um partido político e parem de delirar. Ou, municie-se de coragem para modificar alguma coisa.

Para entender, em parte, as grandes complexidades para registro de partido político
Se você ainda não leu Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/1995 aproveite para ter conhecimento dos absurdos contidos.


└═─Recomendado─═┘Mais Opinião sobre Partidos Políticos no Blog do Eduardo Bisotto